Relação entre médico e os familiares do paciente
Durante um atendimento médico é muito importante alguns detalhes como o histórico familiar. Pois, dependendo da doença apresentada pelo paciente tem como o médico saber se é hereditário ou não. Além de outras avaliações importantes através dessas informações que envolvem o ciclo familiar do paciente, para que o médico dê sequência de forma assertiva no atendimento e até mesmo no tratamento de uma doença que foi diagnosticada.
Outra situação que envolve a estrutura familiar do paciente, se encaixa entre um atendimento e outro, onde o médico se depara com vários casos sendo alguns deles bem complexos, considerados graves com alguns necessitando cirurgias de alto risco, envolvendo a partir desses quadros clínicos os familiares do paciente.
No Conselho Federal de Medicina (CFM), Capítulo V cujo tema é a relação com pacientes e familiares, no artigo 34 relata que o médico não pode evitar do paciente saber do seu diagnóstico, assim como o prognóstico, riscos incluindo as finalidades do tratamento, em exceção quando a informação direta ao paciente venha acarretar dano a ele. Casos como esse, o médico pode passar as informações ao seu representante legal.
Pois dependendo do paciente, ele pode apresentar para o médico um quadro psicológico delicado, ou seja, debilitado não sendo forte para receber esse tipo de informação. Cabendo ao médico, a partir dessa avaliação e certeza, ter como direito dentro da lei do Código de Ética Médica, a liberdade de passar as informações para o responsável legal do paciente.
Entretanto, esse é um caso à parte, pois é direito do paciente saber toda a verdade sobre a sua doença como também o tratamento para que ele mesmo tome as suas decisões e tenha a sua autonomia praticada na questão de sua saúde.
Após o paciente estar ciente da doença e do tratamento, ele pode decidir como proceder durante essa fase tendo o médico como seus familiares a posição de respeitar as suas decisões mesmo que as mesmas sejam vistas como dolorosas.
Em situações como essas em que a decisão do paciente possa ser divergente da opinião dos seus familiares, o médico deve obedecer o que se pede o paciente tendo como defesa no caso dos familiares contrariarem a ação do médico que está obedecendo o paciente, o Código de Ética Médica que proíbe por parte do médico desrespeitar o direito do paciente ou do responsável legal de tomar decisões livremente sobre as práticas que envolvem diagnósticos ou terapias. Em exceção os casos em que há risco de morte.
Médicos atuando sempre dentro do Código de Ética Médica se protege de casos que possam ser considerados indevidos por familiares evitando assim correr risco de uma ação judicial.
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