A primeira pergunta que se deve fazer é: “eu gosto de gente?”
Pensando melhor, antes dessa pergunta, vem outra pergunta: “se eu sei ouvir gente?”
Pois é, parece um detalhe, pequeno até, pois “ouvir” é um ato quase que digamos, automático, ou seja, você “ouve” independente se é surdo ou não, pois o surdo se comunica de forma diferente mas também estabelece comunicação.
Ocorre que “ouvir” não é o mesmo que “escutar”… e não poucas vezes apenas “escutamos” o outro mas não ouvimos o que ele, de verdade, tem � nos dizer.
Esse é o ponto central que indagamos: se quer ser um franqueador, de sucesso, você precisa não só gostar de gente, mas, sobretudo, saber ouvir o que eles tem para te dizer.
Como já abordamos em outras reflexões, “franquia” é uma construção de um relacionamento que se inicia pelo respeito e se permeia pela credibilidade.
O franqueador responsável sabe que o sucesso ofertado ao mercado é com base num histórico, ou seja, num dado retroativo, mas, nada garante que a sua replicação no mercado ocorrerá da mesma forma que foi idealizado, testado e aprovado anteriormente.
Mercados são diferentes, regiões são diferentes… pessoas são diferentes e, ainda assim, mudam de forma constante e são suscetíveis de todas as sortes de influência.
Logo, o empresário que almeja ser um franqueador precisa, acima de tudo, estar disposto � ouvir os seus franqueados, saber que ele, franqueador, não é o dono da verdade absoluta, e ter a humildade de ouvir daquele que esta mais próximo do cliente, ou seja, do franqueado, as situações que dificultam o crescimento.
O franqueador é, de forma análoga, um (excelente) jardineiro, que conhecendo o terreno do jardim, sabe que cada flor, cada planta, que arbusto, responde de forma diferente aos mesmos estímulos, seja o sol, a agua, o frio, mas, para compor o belo jardim, todas são importantes e todas tem seu momento e seu lugar… não adianta ao jardineiro impor qualquer condição que não seja da natureza daquele ser vegetal pois não tem ele o poder de alterar essa disposição.
Cabe o franqueador, com a experiência que o tempo lhe proporcionar, ouvir o que cada elemento do seu jardim tem a lhe oferecer de melhor e ele assim retribuir com o que ele tem de melhor para que o seu jardim esteja sempre forte, harmônico e que se prolongue pelo tempo.